Espaço dedicado as pessoas que curtem qualquer tipo de arte... e quer mostrar o dom que possui!
Visite-me e contribua!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Museu de Arte Sacra é palco de Oficina de Capacitação

Entre os dias 9 e 11 de novembro a Secretaria de Estado de Cultura, por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM-MT) e Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MAS-MT) promovem uma oficina do Programa de Capacitação Museologia do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). A oficina terá duração de 24 horas e será ministrada nos três dias 8 às 12h e das 14 às 18h. A taxa de inscrição é de RS 15.
A oficina que será ministrada no auditório do Museu de Arte Sacra do Estado, debaterão os conceitos de museu e museologia, o diálogo entre o plano museológico e a Política Nacional de Museus, Conceitos de projeto, programa e plano museológico, entre outros temas de importância para área.

Palestrante

A oficina será ministrada pelo poeta, museólogo e arte educador Valdemar de Assis Lima. O palestrante é bacharel em Museologia (com habilitação em Museus de Arte e Museus de História) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pós-graduado em Arte Educação pela Escola de Belas Artes da UFBA. Participou da 10ª Comissão de Avaliação e Seleção para o edital de Apoio e Modernização de Museus do fundo Estadual de Cultura do Tocantins; Coordenou o Núcleo de Arte e Educação da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural-BA; Atualmente é Técnico em assuntos culturais / Museólogo do Departamento de Processos Museais do Ibram.

O Museu de Arte Sacra está localizado na Praça do Seminário Nº 239 2º piso, prédio Seminário N. Sra. da Conceição Bairro Dom Aquino/ Ponto de referencia: ao lado da Igreja N. Sra. do Bom Despacho, próximo a Santa Casa de misericórdia. Mais informações podem ser encontradas através do telefone 3028-6285.

domingo, 19 de junho de 2011

Harmonia de Cores

A mais fina das artes visuais. Harmonizar as cores é tarefa difícil e complexa, e todo colorista é um poeta. A maior dificuldade na harmonia reside no fato de as cores influenciarem-se mutuamente. Este belíssimo efeito chama-se de contraste simultâneo. Conforme as cores se justapõem, elas influenciam-se mutuamente. Uma cor de tom médio perto de outra cor de tom escuro tende a parecer mais clara do que de fato é; perto de uma cor de tom claro, a mesma cor tende a parecer mais escura. Isto implica que qualquer projeto de combinação de cores deve ser testado empiricamente, na prática. 
Acima vemos a ocorrência do contraste simultâneo através de um losango vermelho entrelaçado com linhas azuis e amarelas. Embora o losango seja de uma única cor, por contraste simultâneo, parece-nos ver duas tonalidades diferentes de vermelho. A ilustração é baseada nas experiências cromáticas do artista e teórico brasileiro Israel Pedrosa.
Além disto, outros fatores também são importantes na harmonização como, por exemplo, o tamanho da área ocupada pela cor. Um amarelo colocado em um pequeno detalhe da composição pode ter um efeito totalmente diferente caso ocupasse a área de uma larga parede. Entretanto, deve-se ter em maior conta na hora da harmonização a idéia de que não existe certo ou errado em combinações de cores. Para muitos, por exemplo, vermelho e verde não se combinam. Ledo engano, pois é uma combinação muito utilizada, tanto na natureza como na publicidade.

LUMINOSIDADE

Luz e trevas tem seu lugar na antropologia da comunicação visual através da luminosidade. Toda uma simbologia mística revela-se na arte através da luminosidade. Céu e inferno, assim como a luz da espiritualidade podem ser representadas simbolicamente através do derramar da luz sobre os seres em uma obra de arte.
A representação da luminosidade rendeu alguns dos mais tocantes momentos das artes. Foi responsável pelo delicado chiaroscuro da Monalisa de Leonardo, assim como pelos profundos retratos de Rembrandt.Nas obras destes artistas, a luz parece retirar a figura das trevas como Orfeu trouxe Eurídice do Hades. 
As tonalidades de uma comunicação visual podem ser unificadas pela presença de um foco de luz ou, ao contrário, as tonalidades podem estar presentes apenas como meros contrastes.
  

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EXPOSIÇÃO: CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE - CARIRI














Uma exposição inédita para o Cariri de um dos maiores artistas plásticos da região, Clidenor Capibaribe, o Barrica, está exposta no Centro Cultural Banco do Nordeste-Cariri. O acervo pertencente ao Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc -UFC), foi cedido para a exposição até o dia 20 de abril, dentro da programação do centenário da cidade.

São esculturas e pinturas do artista, na exposição intitulada "Pinturas de Barrica em tela e cerâmica". Gratuita ao público, a visitação acontece de terça-feira a sábado, das 13h às 21h. No período de 15h às 21h, os visitantes podem contar com o auxílio de um monitor.

Uma série de eventos marcam o centenário de Juazeiro do Norte, que se realiza em julho. A exposição de Barrica abre um calendário de eventos a serem realizados por meio da parceria com o Centro Cultural. Há também a proposta da Comissão do Centenário para editar e reeditar livros importantes sobre a história de Juazeiro do Norte, o que deverá se concretizar até o fim do ano.

Até julho, serão 20 edições lançadas, e mais uma pela UFC. Exposições de fotografias e artes plásticas também estão no cronograma. Serão investidos, por meio de projetos, cerca de R$ 600 mil em exposições e lançamentos.

Para a mestre em Artes Visuais, professora e curadora da exposição, Adriana Botelho, a mostra oferecerá ao público uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais de um dos principais artistas do movimento modernista, discutindo as afinidades de sua arte, bem como a sua influência na arte cearense. Clidenor Capibaribe, o Barrica, nasceu em Juazeiro do Norte, em 1913, e faleceu em Fortaleza, em 1993. Segundo a doutora em Sociologia da Arte, Kadma Marques, a história das artes plásticas no Ceará passa de maneira inevitável pela presença de Barrica. A essa trajetória está marcada por meio da Fundação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA - 1941/1944) e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP - 1944/1958).

"Além das associações que congregaram os artistas do pincel em torno de ideais, como aquele que manteve a realização do salão cearense mais tradicional - o Salão de Abril - sob a responsabilidade da SCAP, no período de 1946 a 1958", lembra Kadma.

Discorrendo sobre a arte de Barrica, o diretor do Mauc, Pedro Eymar, afirma que a década de 1950 apresenta um Barrica personalizado e comercialmente aceito. "Desenha com cores e as paisagens florescem de sua alma profunda para uma interface plástica tensa, onde matéria e gesto disputam com a figuração o primeiro plano da fruição estética", explica.

Pedro Eymar relembra que, em 1961, Barrica esteve presente na exposição de abertura do Museu de Arte da UFC. Na ocasião, esteve ao lado de Chico da Silva, Sérvulo Esmeraldo e Raimundo Cela. O artista expôs sua vibrante interpretação dos subúrbios e abstratas composições em irreverentes cerâmicas. No mesmo período, Barrica instalou junto ao Mauc uma oficina de cerâmica, provida de forno, do qual procedem muitas das cerâmicas da presente mostra.

O gerente do Centro Cultural, Lênin Falcão, espera um bom público. Uma das intenções era fazer um trabalho com professores de escolas públicas, com a promoção de um encontro de educadores e palestras para os docentes. A proposta é abrir possibilidades de trabalhar a exposição e o artistas dentro de sala de aula. Será distribuído material didático e em seguida a realização de visitas. O centro irá disponibilizar ônibus para os alunos das escolas de Juazeiro.

Novos artistas

Há uma ideia do Centro Cultural de trazer artistas de fora, para que o público local possa conhecer, e abrir para a participação de artistas de Juazeiro do Norte e do Cariri. "Há profissionais com um longo período de trabalho ou no caso do Barrica, que já faleceu. Essa exposição do Barrica vem sendo estudada desde o ano passado Pedimos a curadoria para participar do edital e a proposta foi aprovada. É importante o resgate deste artistas, que são desconhecidos da maioria das pessoas", ressalta.

Ele destaca que o Centro Cultural Banco do Nordeste tem trabalhado de forma especial o centenário da cidade e os cinco anos do Centro Cultural. Em maio, haverá exposição de vários artistas de Juazeiro, na comemoração dos cinco anos, e, em julho, dentro do centenário, exposição de uma artista pernambucana, Ana Veloso, que traz no seu trabalho a religiosidade e Padre Cícero.

MAIS INFORMAÇÕES

Centro Cultural Banco do Nordeste- Região do Cariri
Telefone: (88) 3512.2855 / 8802.0362
lenin@bnb.gov.br


Fonte: Diário do Nordeste




segunda-feira, 14 de março de 2011

RECURSOS PARA O CENTENÁRIO ESTÃO GARANTIDOS





A conquista de R$ 10 milhões para as obras estruturantes do Complexo do Centenário repercutiu positivamente e fez a Comissão Organizadora da festa pelos 100 anos de Juazeiro respirar aliviada. Agora, os membros estão correndo atrás dos projetos executivos para enquadrar dentro dos formulários próprios do Ministério do Turismo. Foi o que determinou o Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que recebeu uma comitiva juazeirense na semana passada em seu gabinete.
Um dos participantes da audiência, o Secretário de Turismo e Romarias José Carlos dos Santos explicou que o complexo é formado pela Praça do Centenário, Marco Zero, Portais de Entrada de Juazeiro, Portal da Fé, Marcos da Identidade Centenária, Museu da Cidade e a Avenida Beira Rio. Segundo ele, o prefeito Manoel Santana e o bispo diocesano, dom Fernando Panico, deixaram o gabinete do ministro felizes com a acolhida e o interesse de Padilha em colaborar com a festa pelos 100 anos de Juazeiro.
O encontro foi viabilizado pelo deputado federal José Nobre Guimarães o qual adiantou que os recursos prometidos serão oriundos do Ministério do Turismo. O Ministério Alexandre Padilha elogiou o portfólio entregue pelas autoridades juazeirenses considerando projetos bem elaborados com seus respectivos valores e as justificativas de cada um. Ele foi simpático às idéias e até sinalizou com a possibilidade de se empenhar para garantir agilidade na liberação dos recursos.(Demontier Tenório)

Histórias...

Meu padrinho Padre Cícero




Conciliador, ele foi acusado de conivência com bandidos e cangaceiros. Político, fez acordos com os poderosos coronéis, foi prefeito e até enfrentou uma guerra, em 1914. Hoje, é adorado por milhões, como o santo popular do Nordeste
por Xico Sá

Uma longa fila de beatas segue lentamente, arrastando-se sobre chinelos de couro, para receber a hóstia sagrada das mãos de um sacerdote de pele muito branca, cabelos loiros, miúdos olhos azuis – olhos mais apertados ainda sob o sol do Cariri – , nariz recurvado, um “galego” como muitos do sertão do Nordeste – baixinho, 1,60 metro, também como a maioria das criaturas da nação semi-árida. Tudo corria no mais rigoroso silêncio e dentro da rotina de todas as sextas-feiras naquela capela, quando era celebrada a missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus. A folhinha do calendário marcava 1º de março de 1889.

Tudo sossegado naquele dia. Pelo menos naquela vila. Em toda a região, no entanto, o tempo era de seca braba, numa terra de latifúndios e cercas de arame. Junto ao cheiro da pólvora do arcaísmo queimavam-se também as velas fortes de um fundamentalismo marcado por cangaceiros pré-Lampião e outras tantas legiões sebastianistas – a eterna espera do salvador dom Sebastião, rei de Portugal que desapareceu para nunca mais voltar no ataque aos mouros em 1578 – que assombravam os sertões (e teria, na guerra de Canudos, em 1896 e 1897, seu exemplo mais gritante).

Tudo sossegado naquele dia. Até que uma lavadeira batizada Maria Madalena do Espírito Santo de Araújo, de 28 anos, moça solteira, uma das primeiras da fila de beatas, se estrebucha no chão, aos pés do padre. A hóstia que acabara de receber se transforma em sangue, tingindo toda a sua roupa branca. O “fato extraordinário”, como tratou a imprensa na época, se repetiria, segundo os relatos e testemunhas, por mais 47 dias. A partir do acontecimento, o padre Cícero Romão Batista, que celebrava a missa, iniciava a sua trajetória que culminaria com a fama de santo milagreiro, posto que conquistou imediatamente por aclamação popular de milhões de nordestinos.

A voz do povo, no entanto, não foi a voz do Vaticano. Acusado de fomentar o fanatismo e forjar falsos milagres, padre Cícero, a partir daquele momento, seria alvo das forças da Inquisição, responsável por comandar as investigações sobre o ocorrido com a beata Maria de Araújo. Ignorando as dúvidas da Igreja, multidões acorreram para Juazeiro, pouco mais que um amontoado de casas próximas ao município de Crato e perdida no meio do vale do Cariri, no sertão do Ceará. Por conta da hóstia ensangüentada, as altas autoridades da Igreja Católica cassaram os direitos do sacerdote e posteriormente o excomungaram. Mas pouca gente soube ou se importou com isso. Do final do século 19 até 1934, quando morreu, aos 90 anos, cego e muito alquebrado, Cícero pregou suas idéias, liderou a comunidade que se avolumou a sua volta, fez política e entrou para a história.

A MECA DO CARIRI

Hoje, Crato e Juazeiro são cidades emendadas, quase não se percebe quando se sai dos limites de uma e se entra na área da outra. Mas em 1872 foram necessárias três horas de viagem em lombo de burro, para o jovem padre vencer a distância que separava sua terra natal do povoado de Juazeiro. Menos de dois anos depois de ordenado, ele chegava para ocupar a pequena capela, onde seria o pastor das poucas almas que por ali resistiam. Cícero tinha então 28 anos.

De seus primeiros anos como vigário, o que se sabe é que ele adotou medidas moralistas. Naquela época, naquele lugar, era comum que o pároco tivesse grande influência na vida das pessoas, sobretudo na conduta social. “O padre Cícero proibiu as rodas de samba e o consumo de cachaça e combateu a prostituição”, exaltou, em 1924, o editorial de O Rebate, um periódico de Juazeiro.

Tudo mudou em 1889, quando o suposto milagre teria acontecido. Juazeiro passou a receber gente de todo o Nordeste. Os romeiros iam em busca de um milagre e encontravam, ao menos, consolo. Suas motivações talvez não fossem tão diferentes daquelas que levam atualmente quase 1 milhão de visitantes à cidade, todos os anos.

“Aqui é mesmo a terra santa, a Nova Jerusalém, o lugar para onde todos correm para rezar ou morrer”, diz Pedro Ponciano da Silva, de 31 anos, um dos tantos pregadores que fazem sermões ao pé da estátua do padre Cícero.

Assim, a população da pequena vila cresceu além do que as precárias estatísticas da época conseguiam registrar. Nos rastros dos religiosos, vinham migrantes, fugitivos da seca, desocupados e mendigos. Aquele povo todo reunido atraía a atenção da Igreja e das autoridades. Com a República (proclamada no mesmo ano) eles haveriam de se tornar eleitores.

NA TERRA DO SOL

Ao contrário da sorte de Canudos, onde o também cearense Antônio Conselheiro não se valia das manhas do jogo político dos coronéis e pregava contra o diabo na terra do sol, Juazeiro tinha no padre Cícero um conciliador de mão cheia, capaz de acolher os miseráveis que chegavam à cidade e de negociar com os fazendeiros. Para os primeiros, que encontravam nele um refúgio contra a fome durante os períodos de seca, tornou-se o padrinho, o “padim Ciço”. Para os segundos, foi um negociador competente, responsável pelo “Pacto dos Coronéis”. Assinado em 1911, o acordo entre os grandes latifundiários e políticos conservadores visava a permanência da família Acioly, que mandava no Ceará desde 1877, no poder do estado. Naquele mesmo ano, a vila se tornaria o município de Juazeiro do Norte e o padre Cícero seu primeiro prefeito.

Mas, fora dali, Cícero estava longe de ser um consenso. Em tempos de governadores nomeados, o presidente Hermes da Fonseca ignorou o pacto regional e escolheu Franco Rabelo para governar o Ceará.

Uma rebelião na Assembléia Legislativa, em Fortaleza, rejeitou a indicação no primeiro momento. Mesmo assim, Rabelo tomou posse, em ato que passou por cima da Constituição, que exigia o referendo da Assembléia. A ilegalidade do mandato dava brechas para que os adversários investissem na tentativa de derrubá-lo. Em uma dessas manobras, Floro Bartolomeu, eminência parda do padre Cícero, decretou a criação de uma Assembléia Legislativa paralela em Juazeiro, com o desejo de virar governador. Não obteve êxito, esbarrando na vontade de Hermes da Fonseca.

O jornal mais importante do país na época, o Diário de Pernambuco, também desconfiava das intenções do padre Cícero e afirmou, em 1913, que o religioso cearense provocaria, mais cedo ou mais tarde, “o rompimento grave da ordem pública”. Para o historiador Ralph Della Cava, da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, autor de Milagre em Joaseiro (assim mesmo, com a grafia antiga), as elites litorâneas interpretaram mal o homem e a situação. “A causa do padre não era uma revolução social, mas a redenção individual de cada um. Ele era um Messias tímido a quem Deus confiara a conversão dos pecadores. Súbita e involuntariamente, atribuíram-lhe o papel de arquiconspirador.”

GUERRA SANTA

No final de 1913, as diferenças entre a política estadual e a local desembocaram num confronto armado. Legiões de fiéis de todos os grotões do Nordeste, que já habitavam a nova cidade, montaram barricadas para enfrentar tropas do governador Franco Rabelo, no episódio que ficou conhecido como “Guerra de 14”, ou “Sedição de Juazeiro”.

O conflito começou no dia 20 de dezembro quando as tropas de Rabelo, com cerca de 600 homens, chegaram às imediações de Juazeiro, cidade que já tinha uma população de aproximadamente 30 mil pessoas. Pelo menos 10% dos habitantes, sob o comando de Floro Bartolomeu, que ainda convocou cangaceiros de outros municípios para ajudá-lo, viraram soldados do padim Ciço, mesmo que as armas, a maioria rifles e espingardas de baixo calibre, não fossem suficientes nem mesmo para mil juazeirenses.

Os desarmados ajudaram na obra fundamental para a vitória do padre Cícero: a escavação de uma vala de 12 palmos de largura por 10 de profundidade cercando toda a sede do município. O buraco e a barreira de terra das escavações impediram que as tropas de Fortaleza, com ajuda de bandos do Crato, se aproximassem do alvo inimigo, o que facilitou bastante no triunfo. Mesmo dispondo de dois canhões, o exército de Rabelo gastava munição à toa. A guerra se estendeu até o dia 22 de fevereiro, mas nas últimas duas semanas apenas um destacamento policial de 60 homens do Crato mantinha-se firme na luta contra os juazeirenses. O grosso das tropas do governador havia abandonado desde o final de janeiro o campo de batalha.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Oficina dá continuidade à programação de arte-educação do MAM-BA

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) oferece, como parte integrante da curadoria de arte-educação da exposição A Evolução Somos Nós, retrospectiva da obra do artista alemão Joseph Beuys, a oficina Arte e Política: Relações Possíveis na Arte Contemporânea, ministrada pelo curador, crítico de arte e professor da Faculdade de Artes Plásticas (Faap) de São Paulo, Fernando Oliva.

A oficina, que acontece no dia 9 deste mês, na Galeria 3 do MAM-BA, das 14h às 17h, discute o modo pelo qual os artistas se relacionam com a dimensão política a partir de suas práticas.